Imagens do Além
Japão, terra da arte de cerâmica, origamis, bonsais, da cultura milenar dos guerreiros samurais e... dos fantasmas com sede de vingança! Imagens do Além (Shutter) é mais um filme americano que adapta contos sobrenaturais nipônicos, mas não é por isso que não possa ser estória mediana que entretenha (entretenimento descartável, devo acrescentar), porém, longe de ser uma inovação. O filme trata sobre Fotografia Espiritual, um fenômeno estudado em todo o mundo que consiste na captura de imagens de fantasmas e/ou emoções humanas após o clique em uma câmera.

Masayuki Ochiai, traz o remake de Espíritos – A Morte Está Ao Seu Lado e agora dirige Joshua Jackson (Série Dawson’s Creek) que interpreta Benjamim Shaw, e Rachel Taylor (Transformers) encarnando Jane. Recém casados, felizes e perfeitos para o outro, o típico casal do American Way of Life. Contudo... depois de uma proposta de trabalho ofertada a Benjamin, ambos partem a terra do sol nascente e de cara ao chegarem lá passam por um marcante e estranho acidente na estrada. Não é preciso ser adivinho: atropelam uma mulher funesta no meio da noite.

Bom... Mais previsibilidades no enredo. Depois do ‘acidente’ tudo passa de mal à pior ao casal e daí vemos os pontos clichês de filme de horror, presentes comumente em gêneros como este. Vamos a estes:

- A esposa, linda, loira que agora surta vendo o espírito em todos os cantos e seu marido, obviamente, não lhe dá credito alegando que tudo é coisa da imaginação... Até que o próprio passa a se espantar ao ver sua vida profissional desmoronar com fenômenos inexplicáveis.

- A dupla passa a investigar tudo, a começar pela procura de um médium que garante a resolução de problemas (Uma espécie de Mãe Dinah versão asiática).

- ‘Descobrem’ que o espírito na verdade é alguém do passado, de grande ligação aos personagens querendo trazer uma mensagem, e mais que isso: um ato de vingança.

- O espírito vingativo é mais um de cabelos negros sobre o rosto, pele pálida, roupas surradas, mulher e ainda assim insiste em querer passar uma mensagem, mesmo que não falando.

- Vítimas que morrem bizarramente, que possuem grau de amizade com os personagens principais.

Depois disso, entramos aos aspectos técnicos: Ângulos de câmeras fechadíssimos, pouca iluminação, chuva, trovões, trilha sonora carregada de suspense e pronto! Temos empacotado mais uma embalagem prontinha de suspense a ser consumido pelo público estadunidense e países exportados.

A fita apesar de apresentar um bom ambiente que mantém clima sombrio e tenso, não escapa de ser estereotipado quando como é dito que japoneses adoram fenômenos sobrenaturais. Tudo está em demasia o que faz ser cansativo e não mais assustador de tanta sonoplastia carregada, sincronizada ao susto de personagens que saem de um cômodo a outro, ou esbarram em outrem ao se virar, etc. Enfim, nada que você espectador já não tenha visto.

O filme apesar de thriller investigativo, com a presença do popular e mediano ator Joshua Jackson de grande apelo aos adolescentes por ser muito conhecido na tv, tem um desfecho quase que óbvio e por isso não deixa de ser mais um na prateleira das locadoras. Notório é o terror japonês no momento e talvez por mais algum tempo não deixe de ser a modinha de Hollywood. Tais contos parecem que vieram para ficar, enquanto houver algum produtor que queira bancar o gênero no grande mercado cinematográfico no Ocidente.
2 Responses
  1. Essa é uma historia que como você disse não preza muito pela novidade, mas temos que respeitar, pelos atores que compõem o elenco.

    Abs.........


  2. Anônimo Says:

    definitivamente prefiro a versão asiática.