Hancock
Peter Berg (diretor de Bem Vindo À Selva) acerta a mão em Hancock, que conta com um bom elenco e uma estória de super-herói nada convencional. O filme é sobre o infame, alcoólatra e solitário John Hancock (Will Smith em mais uma boa atuação), e nos minutos iniciais o vemos sobrevoando e dando rasantes na cidade de Los Angeles atrás de bandidos em alta velocidade em uma rodovia e na busca pelos bandidos, muita destruição de carros, placas de sinalização e feridos.

A imagem do (anti) herói é marcada por fracasso e um negativo trajeto desde sua primeira aparição a público, mas isto está por mudar quando salva a vida de um relações públicas convencido a mudar o mundo com ações positivas radicais, contrários aos grandes interesses de seus clientes, chamado Ray Embrey (Jason Bateman de Juno e série Arrested Development). Quando salvo tem a oportunidade de emplacar sua carreira representando o personagem de Will rendendo uma mudança na aparência ao fazer a barba, não usando roupas surradas e lhe dando um uniforme que traga imponência. E mais, fazer com que as pessoas o amem por seus heróicos feitos embora esteja longe de cair no agrado da população e mídia. Na tentativa de tornar o bruta-montes necessário a cidade, aceita de boa vontade ir para trás das grades por ter custado a cidade milhões em destruição, e o plano é justamente deixar a criminalidade crescer obrigando a volta do beberrão.

As coisas complicam no momento em que Mary Embrey (Charlize Theron), esposa de Ray, é apresentada para o herói decaído e acontece o então complicado ‘quase’ triangulo amoroso que torna por fragilizar a interação com Ray, ao mesmo tempo em que a imagem de Hancock passa a ser trabalhada.

Berg consegue com competência mostrar o quão árduo é ser um herói na vida de todos em um suposto mundo real (e o faz introduzindo elementos do cotidiano como Greenpeace e um jabá descarado do Youtube), ainda mais quando o odeiam, e mesmo assim não há como não amar o personagem apesar de execrado pelos seus concidadãos diariamente.

Além de questões como a solidão, de ser o único de sua espécie, muita ação e risos servem de contrabalanço, e há uma pitada de mistério quanto à procedência do personagem principal. É como um Superman às avessas e talvez o motivo de tanto sucesso é por não haver a pretensão de vê-lo como um, de não enxergá-lo inicialmente como um virtuoso homem que abre mão dos desejos pessoais para poder servir ao mundo. Esse é o diferencial dele aos outros seres de super poderes. Em suma, Will Smith mais uma vez mandou bem e mandou muitíssimo bem.
2 Responses
  1. Anônimo Says:

    Cara, esse filme é show!
    ótimo post
    depois desse filme eu me decidi, quero ser relações públicas!
    rssss
    bejux

    visita lá
    http://selenevaldragon.blogspot.com/


  2. Ah! Tá bom!
    Lendo o que você escreveu dá para acreditar que o filme é bom
    Quando li sobre a história até pensei: Como Will Smith se prestou a isso?
    Mas agora vi que é um filme que vale a pena assistir
    Um abraço lek
    Tirou fotos lá em Paraty?