A Múmia - Tumba do Imperador Dragão
A franquia de A Múmia traz para esta terceira parte mais do mesmo. Um ser do mal ressurge das cinzas e areias do tempo para ficar a frente de um exército indestrutível e dominar o mundo. E para encará-los, a família O’Connell. Rob Cohen (Dragão – A História de Bruce Lee e Velozes e Furiosos) dirige, e os roteiristas Alfred Gough e Miles Millar (os responsáveis pela série Smallville) vêm com a velha fórmula de sempre... E não é que deu certo!!!
Jet Li interpreta Han, um imperador cruel na China há mais de dois mil anos. Um período em que o país estava divido em vários reinados. O visual do astro das artes marciais como morto-vivo é impressionante, bem como os efeitos especiais. O personagem tem a habilidade de controlar os elementos do fogo, madeira, terra, metal e água.

A vontade dele é de unificar os reinados através de batalhas. Quando derrotados todos os inimigos, os enterra sob a Grande Muralha da China. Mas até mesmo o arrogante ditador reconhece que a missão de conquistar tudo e todos é grande demais pra uma só vida. Sua maior batalha seria contra a própria morte e visando a imortalidade recorre à personagem Zi Yuan (Michelle Yeoh). Ela é uma feiticeira que conhece o caminho para o desejo de Han, a de ser imortal. Percebendo que conseguiria seu maior desejo, ordena ao seu general protegê-la e não deixar nenhum homem tocá-la, mas falha na missão por envolver-se com ela. Mas ao invés de agraciá-lo com a vida eterna, o enfeitiça a passar a eternidade como uma imagem em terracota depois de ver o amor da vida dela morrer friamente sob o comando do personagem de Li.

Já em 1949, a rotina enfadonha da família O’Connell dissolve a forte paixão entre Rick (Brendan Fraser) e Eve (agora incorporada por Maria Bello). O chefão de família passa seus dias pescando, matando o tempo com atividades bem diferentes daquela antiga vida de soldado da Legião Francesa. Evelyn tornou-se uma escritora de sucesso após narrar em livros sobre as duas primeiras aventuras vivenciadas em A Múmia e O Retorno da Múmia.
Alex (Luke Ford), o filho rebelde do casal, querendo sair da sombra dos pais exploradores descobre a tumba do imperador e a traz consigo os guerreiros e o imperador de terracota até o Ocidente. Quando o governo toma conhecimento da descoberta, pede ao casal que tomasse conta de uma preciosa peça encontrada nos escombros, já que durante a guerra prestavam serviços arqueológicos e os federais querem mais este favor pela família ser experiente neste tipo de assunto. Tal pedra é considerada relíquia e patrimônio da China, mas na verdade é uma forma de ressuscitar os mortos vivos dos escombros. Eve encara este novo capitulo na vida como uma chance de agitar as coisas e sentir o sangue correndo nas veias.

John Hannah está impagável novamente como Johnatan. De certo, o brincalhão do filme com piadas nos momentos mais explosivos aos mais tranqüilos. Ele é dono de uma casa noturna em Shangai, e como sempre continua festeiro. Impossível não comparar as cenas de ação na casa noturna (que leva o nome de um personagem dos dois primeiros filmes), o desenrolar das situações, as roupas de época com as de Indiana Jones e o Templo da Perdição. É praticamente obrigatória essa comparação, além de ser talvez uma homenagem ao clássico de Steven Spielberg.

Ok, o filme é legalzinho, cuidadosamente filmado, entretém, faz menção sempre as histórias prévias, mas como dito é mais do mesmo. No primeiro filme se Ardeth Bay (Oded Fehr) era responsável por guardar o local em que descansava Imhotep e impedir que ele fosse despertado, agora é a vez da lindíssima atriz Isabella Leong (Lin), par romântico de Alex de fazer o mesmo em relação ao Imperador Dragão. Muitos tiros, explosões, lutas impossíveis e incansáveis, e as piadas engraçadinhas do filme. Enfim, tudo que um filme pipocão precisa para fazer os produtores, roteiristas e diretor ganharem um retorno gordo em seus bolsos. Será que rola um quarto filme?
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