Carga Explosiva III
Que este filme é mais do mesmo ninguém duvida, mas ainda assim não quer dizer que não seja bem legal, com uma história de roupagem mais ‘sofisticada’ e divertida de se assistir. Frank Martin está de volta, mais enrolado do que nunca em mais uma missão suicida.

O motorista é forçado a fazer uma entrega e agora as coisas são um pouco mais extremas. Ele não pode se afastar mais de vinte metros de seu Audi envenenado ou a estilosa pulseira metálica em seu braço o fará explodir. Esta é a garantia que Johnson (Robert Knepper de Prision Break) tem de que Frank fará a entrega. Nem mesmo o vilão escapa do clichê. Uma ameaça aqui, outra ameaça ali, não exita em matar alguém do próprio bando para auto-afirmar suas ordens, um suborninho ao Ministro do Meio Ambiente da Ucrânia forçando-o a assinar um acordo para liberar uma quantidade enorme de lixo tóxico em seu país... Típico vilão.



Daí é só ação, explosões, lutas, perseguições de carros muito bem feitas por sinal, e como nos dois filmes anteriores mais da misoginía extrema de Frank Martin. Ah sim, tem uma gostosa ruiva com o mesmo problema da pulseira metálica chamada Valentina (Natalya Rudakova) a qual Frank resiste (ou tenta) bravamente em meio a toda ação.


Não há muito que falar. Piadinhas sobre o humor francês, inglês e russo no inicio da fita com o caricato François Berléand, mais uma vez encarnando o inspetor Tarconi. Mas como comediante Statham é muito melhor fazendo cara de mau, com aquele sotaque britânico rouco. Para executar as coreografias de luta de Corey Yuen, sempre o carrancudo Statham ao centro de uma roda cercado de vilões educados que atacam um de cada vez, esperando o comparsa ser nocauteado para que o seguinte tenha o mesmo fim. São nos chutes, socos, murros e golpes com bastão metálicos que faz o carequinha sair ileso das brigas.


Como se não bastasse, o paletó sai mais limpo e passado depois de ter usado-o nas coreografias acrobáticas. Para atrair não só a atenção de homens com a distribuição gratuita de testosterona e porrada para tudo quanto é canto, um chamariz para as mulheres: Ver o machão sem camisa tão contraído que se liberar gases é capaz de se borrar de tanta força no abdome.

Ao final uma reviravolta pífia e previsível, mas isso lá não importa muito porque o filme cumpre bem com o que propõe. O diretor Olivier Megaton brindeia aos fãs do gênero um filme de ação com enredo cheio de absurdos e mais uns atrativos típicos pra macho nenhum botar defeito. Mas não nos esqueçamos que é disso que os filmes anteriores se valeram e não poderíamos esperar mais.
1 Response
  1. AndréRocks Says:

    Gostei bastante do primeiro. Já o segundo achei "extremo" demais, uma bosta!. Vamos ver, talvez o terceiro fique no meio termo, o que já seria uma bela surpresa....