Pela manhã, exercícios, desjejum e lazer. À tarde caçar para comer. Mais tarde, à noite... Sobreviver! Assim é o filme de mesmo nome da obra de Richard Matheson, Eu Sou A Lenda (1954). Esta é a terceira adaptação cinematográfica do clássico que tem na direção o bola da vez Francis Lawrence (Constantine) e protagonizada por Will Smith, que trata sobre um mundo escatológico sem a presença de seres humanos.
Tudo começa quando uma suposta cura para o câncer é descoberta pela personagem Alice Krippin, protagonizada por Emma Thompson. O que não se sabia é que tal cura na verdade é a maior mazela que a Humanidade já enfrentara: A extinção de 90 por cento da população do globo terrestre. Em números são 5,4 bilhões de pessoas. Assustador a força da infecção ao ver a cidade de Nova Iorque em toda a sua magnitude vazia e é de se impressionar, afinal, é uma das mais movimentadas e a que gera parte da economia do mundo.
Evidente é a condição encontrada pelo personagem central (Robert Neville) após três anos de completa ausência de contato humano por ser imune à praga e o único humano em Nova Iorque. Mas isto não quer dizer que está sozinho. Na tentativa de encontrar uma cura enfrenta os mutantes, uma vez humanos, gerados pela contaminação.
O desafio do roteirista Akiva Goldsman foi dar realismo ao estado psicológico da personagem introduzindo monólogos. Neville encontra-se tão desesperado por contato humano que chega a ponto de conversar com manequins esperando por um simples ‘olá’, mas mantém um pouco do que restou de sua sanidade mental ao ter a companhia da cadela Sam, também imune ao vírus. O uso do recurso de flashbacks expurga a monotonia e ausência do dinamismo, maneira ideal e lógica para se contar a história de um só homem diante da imensidão e terrível solidão.
Mas como de fato seria uma cidade sem os cuidados necessários de pessoas? Prédios desabariam sem a manutenção, animais fugiriam de zoológicos, matas cresceriam, etc. Obrigado a alimentar-se, Neville sai às ruas a caçar e a expressão “Selva de Pedra” vai muito bem a calhar.
Os momentos tensos e de ação chegam com aproximadamente 20 minutos quando está novamente a caçar e perde-se de seu animal de estimação. Ao ser obrigado a adentrar a uma construção, o herói da fita se vê imerso em um ambiente claustrofóbico e de escuridão. Um diferencial notável deste personagem a todos os outros heróicos feitos por Smith é que este é o mais humano e dramático. Por vezes o vimos sacar a sua arma, correr incessantemente, dizer uma frase ou outra de efeito para aniquilar de vez o seu adversário e assim salvar o dia, para não dizer o mundo! Aqui, não é assim. Sente medo, raiva, solidão e não está acima do Bem e do Mal. Enfim, mais vítima do que herói. Sem deidade e mais vulnerabilidade.
Outro destaque é a personagem de Alice Braga que vem a dar um pouco de luz a vida do atormentado herói. Enquanto que Neville em toda a sua lógica e um certo Complexo de Deus sempre repete que pode resolver o problema, como que por fardo e orgulho, existe Anna. A personagem da atriz brasileira nutre a própria motivação do fim da infestação através da fé, a prender-se a uma força maior e pela escolha de acreditar em algo melhor.
Filmes como Eu Sou A Lenda exploram a imensidão do todo e solidão humana, o que é sempre um bom tema a ser narrado já que estão a cerca do ‘Eu’, autoconhecimento e descoberta. Traçar uma semelhança com Naúfrago é algo cabível. Robert Neville seria Chuck Noland, interpretado por Tom Hanks, e a cadela Sam (seu alívio à solidão) é como Wilson, a bola de vôlei.
Tudo começa quando uma suposta cura para o câncer é descoberta pela personagem Alice Krippin, protagonizada por Emma Thompson. O que não se sabia é que tal cura na verdade é a maior mazela que a Humanidade já enfrentara: A extinção de 90 por cento da população do globo terrestre. Em números são 5,4 bilhões de pessoas. Assustador a força da infecção ao ver a cidade de Nova Iorque em toda a sua magnitude vazia e é de se impressionar, afinal, é uma das mais movimentadas e a que gera parte da economia do mundo.
Evidente é a condição encontrada pelo personagem central (Robert Neville) após três anos de completa ausência de contato humano por ser imune à praga e o único humano em Nova Iorque. Mas isto não quer dizer que está sozinho. Na tentativa de encontrar uma cura enfrenta os mutantes, uma vez humanos, gerados pela contaminação.
O desafio do roteirista Akiva Goldsman foi dar realismo ao estado psicológico da personagem introduzindo monólogos. Neville encontra-se tão desesperado por contato humano que chega a ponto de conversar com manequins esperando por um simples ‘olá’, mas mantém um pouco do que restou de sua sanidade mental ao ter a companhia da cadela Sam, também imune ao vírus. O uso do recurso de flashbacks expurga a monotonia e ausência do dinamismo, maneira ideal e lógica para se contar a história de um só homem diante da imensidão e terrível solidão.
Mas como de fato seria uma cidade sem os cuidados necessários de pessoas? Prédios desabariam sem a manutenção, animais fugiriam de zoológicos, matas cresceriam, etc. Obrigado a alimentar-se, Neville sai às ruas a caçar e a expressão “Selva de Pedra” vai muito bem a calhar.
Os momentos tensos e de ação chegam com aproximadamente 20 minutos quando está novamente a caçar e perde-se de seu animal de estimação. Ao ser obrigado a adentrar a uma construção, o herói da fita se vê imerso em um ambiente claustrofóbico e de escuridão. Um diferencial notável deste personagem a todos os outros heróicos feitos por Smith é que este é o mais humano e dramático. Por vezes o vimos sacar a sua arma, correr incessantemente, dizer uma frase ou outra de efeito para aniquilar de vez o seu adversário e assim salvar o dia, para não dizer o mundo! Aqui, não é assim. Sente medo, raiva, solidão e não está acima do Bem e do Mal. Enfim, mais vítima do que herói. Sem deidade e mais vulnerabilidade.
Outro destaque é a personagem de Alice Braga que vem a dar um pouco de luz a vida do atormentado herói. Enquanto que Neville em toda a sua lógica e um certo Complexo de Deus sempre repete que pode resolver o problema, como que por fardo e orgulho, existe Anna. A personagem da atriz brasileira nutre a própria motivação do fim da infestação através da fé, a prender-se a uma força maior e pela escolha de acreditar em algo melhor.
Filmes como Eu Sou A Lenda exploram a imensidão do todo e solidão humana, o que é sempre um bom tema a ser narrado já que estão a cerca do ‘Eu’, autoconhecimento e descoberta. Traçar uma semelhança com Naúfrago é algo cabível. Robert Neville seria Chuck Noland, interpretado por Tom Hanks, e a cadela Sam (seu alívio à solidão) é como Wilson, a bola de vôlei.
Aê, Efra
Tu leva msm jeito pro negócio
Seu futuro é ser crítico de cinema
Quero ver qdo vc vai no meu
Ainda não assisti o filme. Mas gostei do que contou sobre ele, o que aguçou mais ainda a minha vontade de assistí-lo.
Finalmente tive tempo para ler seu post mais profundamente
Caramba, ficou perfeito! Tu tem msm jeito pro negócio
Aê! Pq vc não tenta outro site como o www.adorocinema.com.br
Tenta pow
E-mail: contato@adorocinema.com
Telefone Comercial: (21) 2281-4818
Te desejo toda a sorte do mundo amigão
Agora: pq mudou o nome do blog
Oi, Efra, blz?
Li o post antes de ver o filme. Vi o filme ontem e li o post hj denovo. Adorei a crítica. Vc está ficando bom nisso... Parabéns. Vc deve mudar o domínio do blog. Tira o Efraim Fernandes e coloca outro nome... Fica mais profissional. É só uma dica.
Bjs