P2 - Sem Saída
Medo, impotência e solidão. Assim vemos Angela interpretada por Rachel Nichols em P2 – Sem Saída tornando-se a vítima perfeita para um solitário psicopata. Apesar do bom emprego no escritório de advocacia em Nova Iorque, não tem tempo para relacionamentos por estar constantemente compromissada ao trabalho e por isso muito apegada aos seus familiares. Isto fez com que fosse chamariz para o insano da vez que trabalha na vigilância do prédio, Thomas.

Não há nada de mirabolante neste gênero tão conhecido pelo jogo de gato e rato, contudo, o filme não chega a fazer tão feio. Na razão distorcida do vilão da estória (Wes Bentley), há apenas o cuidado e o desejo de proteger a linda jovem e ter uma bela noite na véspera do Natal.

No momento em que retoma a consciência depois de atacada, Angela dá conta do que realmente acontece a sua volta. Diálogos calmos, mas de tensão latente que no devido tempo explodem, ficando um tanto ácido por parte do psicótico assassino e isto não antes de vermos o medo aflorar nos olhos da protagonista.

Os primeiros minutos da fita são um pouco monótonos, mas servem de preparo para as cenas pulsantes e inquietantes que estão por vir com destaque ao nervosíssimo momento em que Thomas está ao carro com a loira ao dar o seu presente de Natal .

Como manter uma trama interessante durante 98 minutos não chegou lá a ser um desafio, tão pouco uma inovação para o diretor Franck Khalfoun. Na busca por impacto ao filme e dar uma maior vazão às expressões dos atores, uma luz certa (ou ausência dela), ângulos de câmera que rodeiam lentamente o que está por vir, sons altos e repentinos, os gritos da linda e loira atormentada. Pronto! Temos o pacote embalado para mais uma fita de suspense.

Tudo que Thomas quer é não passar o Natal sozinho e não estar mais só como sempre acontece, e por isso cai de cabeça nesta ensandecida empreitada em conquistar a bela das formas mais escabrosas e mórbidas possíveis.

Uma frase, ao menos uma, por parte da vítima que se transforma em mulher de fúria na luta pela sobrevivência: “Merry Chritsmas, Tom!” O que acontece após não é preciso ser um gênio cinéfilo para descobrir. Depois de ver o filme, algo é certo... A única coisa mais assustadora do que estar sozinho, é descobrir que não se está. Ainda mais se estiver na companhia de Thomas, o louco.
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