Maldita Sorte
Se você pudesse ter o ‘dom’ de dormir com todas as mulheres possíveis sem qualquer tipo de comprometimento? Assim é com Charles “Chuck” Logan, encarnado por Dane Cook em Maldita Sorte (Good Luck Chuck).

Tudo começa em 1985 quando ele e seu inseparável amigo Stuart ainda crianças participam de uma festinha. Negando-se em beijar uma gótica de 10 anos de idade, Chuck tem uma maldição, lançada por ela, sobre seu corpo e alma: Toda mulher com quem se envolver fisicamente acordará no dia seguinte fadada a encontrar o homem de seus sonhos. Para facilitar ainda mais o processo, ele torna-se um ímã para mulheres solteiras e superatraentes.

No ponto de vista feminino ele é um talismã da sorte, e logo se tornou uma lenda viva posta em prova pelas mulheres. Não importa quem as sejam, se solteiras ou até mesmo encalhadas, todas querem dormir com o protagonista e encontrar o príncipe encantado de suas vidas. No ponto de vista masculino, é a vida que todo solteiro convicto pede a Deus! Quando a fama de talismã da sorte cresce, são elas que tiram proveito dele e não o contrario. Uma divertida e boa inversão de oportunidades.

“Esmola demais, o santo desconfia” já diz o ditado... Entra em cena Cam Wexler, por quem realmente se apaixona após todos os anos de relacionamentos baseados em sexo. Os defeitos da moça são o atrativo para Chuck. Tamanho é o desastre por onde ela passa que lhe rendeu o apelido de Murphy, referência clara ao criador da Lei que leva este nome. A beldade vive uma desastrada amestradora de pingüins, vivida por Jessica Alba que está linda como nunca (mesmo que um tanto anoréxica), porém, parafraseando a garota, “Não estou disponível emocionalmente no momento.”

O dilema do garanhão vem à tona quando finalmente é correspondido por ela, e se passar uma noite se quer com a jovem ela acordará seguindo sua vida com outro homem. E mais... Está decidido a desistir de suas casualidades e agora as vê como uma ação vazia e sem sentido.

O potencial desta história é bom, mas mesmo não sendo uma comédia romântica típica, cai no ato clichê de filmes boy-meets-girl. Vejamos: Amigo gordinho, machista e tarado que adora todo tipo de perversão. Confere. Mocinho que desilude a garota com seus erros e que não mais quer vê-lo. Confere. Conselhos de outros sobre encontrar a felicidade ou dar uma segunda chance para tudo se acertar. Confere. Corrida contra o tempo para dizer por uma última vez que a pessoa amada faz todo o sentido no mundo, antes que esta última parta para outro lugar do mundo. Confere também.

Mesmo assim com esses pontos já conhecidos em muitos filmes, Maldita Sorte não perde o seu ‘brilho’ talvez por existir um discurso apelativo sobre relacionamentos do ponto de vista masculino, bem como cenas de nudez e sexo um tanto descaradas. A impressão é de que o diretor Mark Helfrich traz uma pura desculpa para ver mulheres nuas fazendo caras e bocas, além de ter a presença de Alba em roupas curtíssimas. Se preferir, aqui vai uma outra visão: é um conto sobre encontrar a todo custo a alma gêmea após aventurar-se com todo tipo de mulher que pinta na frente por anos e viver feliz para sempre. Até o mocinho se acertar com Cam, só o que podemos fazer é dizer “Boa sorte, Chuck!”
3 Responses
  1. Esse filme lembra até um antigão que eu via no SBT quando criança
    É a história de um cara que toda vez que fica excitado se transforma num demônio e, é óbvio, a maldição só é quebrada GRAÇAS A UM AMOR VERDADEIRO


  2. Pelo texto o filme parece ser bom. Agora eu fiquei com vontade de conhecer uma gótica pra ver se ela joga esse "feitiço" na minha vida. Será???

    Hum... eu durmindo com a mulher que eu quisesse, não ia dar certo!

    Vlw Efra........


  3. Efra, fiz um post sobre a passagem do Iron Maiden ao Brasil. Depois passa lá pra ver se ficou bom.

    Vlw.......