
“Somos policiais. Nós podemos fazer tudo!” são as palavras do capitão de Polícia Jack Wander, interpretado pelo ganhador do Oscar de melhor ator em 2007 (
O Último Rei da Escócia) Forest Whitaker a Keanu Reeves. Tudo começa quando Tom Ludlow (Reeves) resolve um complicado caso em Koreatown sobre gêmeas desaparecidas e logo visto pela mídia como um verdadeiro herói. Mas a vida do personagem prova que ele está longe desta denominação por ser trágica, já que sua esposa falecera. Agora se relaciona com uma enfermeira na tentativa de recomeçar, mas tornou-se um alcoólatra sempre presente para o trabalho. O filme conta também com o vencedor do Globo de Ouro por duas vezes, Hugh Laurie, o egocêntrico doutor da série
House, que interpreta o capitão James Briggs buscando a cabeça de Wander por seus atos ilícitos.

Whitaker comanda um grupo de policiais que fazem tudo para manter a ordem e muitas das vezes por meios nada éticos, o que faz questionar os reais propósitos das operações. Em outras palavras, são tiras corruptos! O antes considerado herói está mais para anti-herói no decorrer da fita e descobrimos de cara que de bonzinho não tem nada, contudo um homem que há parcela de humanidade, de constante conflito e obrigado a viajar num mundo cruel na ensolarada cidade de L.A.

O filme realmente começa quando o personagem Terrence Washington (o ator Terry Crews) decide relatar as atividades clandestinas de Ludlow, e logo depois é assassinado por dois homens no momento em que estava junto a Tom Ludlow em uma loja de conveniências. No meio do fogo cruzado, o personagem de Keanu atinge acidentalmente o parceiro e a perícia constata que havia três calibres diferentes, o dos dois bandidos, além do policial. Todas as evidências o apontam como participante do crime encomendado e tudo é acobertado para que o seu nome não fique sujo. A partir daí, a obsessão do angustiado policial em uma busca por vingança, numa caça aos mandantes da execução ao lado de Paul Diskant (Cris Evans). A todo o tempo vemos Wander persuadir Tom a esquecer o ocorrido, mas que não escuta e investiga os assassinos em liberdade.

Não é difícil saber quem é o verdadeiro bandido malvado da estória e ainda assim
Os Reis da Rua (
Street Kings), que foi dirigido por David Ayer, é uma boa opção de filme policial mostrando que o mundo não é em preto-e-branco e que um homem decaído pode fazer atos heróicos ao arriscar a própria vida em busca de uma verdade, mesmo caindo em um contra-senso já que o faz não só por justiça, mas bem como vingança. Esse é o tipo de homem na qual
“os meios justificam os fins” é verdadeira, e que fará o necessário para obter as respostas no caso em que se envolveu.
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