Zohan - O Agente Bom de Corte
A dupla Sandler e Dungan, o diretor, ataca de novo neste novo filme de comédia. Zohan é uma verdadeira máquina de guerra (muito atípica) do exército Israelense, e também garoto propaganda do país. Ele é capaz de desmontar armas com as mãos nuas, parar projéteis com os dedos e (pasme!), usa até mesmo as narinas para se proteger dos tiros, além é claro de desviar de mísseis e outras coisas mais, e evidentemente muito fã da diva Mariah Carey, que está com um par de seios e pernas mais lindos do que nunca.

Em uma de suas missões deve capturar o personagem de John Turturro, Phantom, o maior guerreiro da Palestina. Em seu último confronto, Sandler forja a própria morte para ir à América para realizar o sonho de tempos, a de ser cabeleireiro! A única coisa que quer é “deixar as pessoas mais bonitas”.

Chegando à terra do tio Sam, muda o visual e adota o pseudônimo de Scrappy Coco. E assim caminha o ex-combatente pelas ruas de Nova Iorque com sua camisa aberta, calças jeans e sandálias à procura de trabalho em ritmo disco music. Consegue a chance de trabalhar em um salão de beleza da dona e interesse romântico Dalia (Emmanuelle Chriqui), contudo um pequeno grande porém... Ela é palestina e o lugar é cobiçado, bem como toda a comunidade, por um homem de negócios chamado Walbridge (Michael Buffer). Ainda assim, Zohan começa do zero e não importa mais a sua nacionalidade ou a dela e questões de disputas religioso-territoriais. Concentra-se apenas em duas coisas: Cortar os cabelos de um modo nada ortodoxo, de maneira explicitamente erótica, e depois, dá um trato caprichado na clientela no quartinho dos fundos. Yeah baby, that’s right, sacanagem!

O humor deste filme é como quase todos os anteriores. Direto, sarcástico, pastelão, ou seja, os bem típicos do ator. Um quesito corriqueiro são as participações de coadjuvantes da comédia. Quem conhece a história do conjunto da obra de Adam Sandler sabe facilmente reconhecer os atores que fazem participação. Rob Schneider como o taxista Salim que reconhece Zohan e quer porque quer fama por descobrir que a suposta morte do herói e garoto propaganda israelense é falsa; Cris Rock que dá a primeira carona ao protagonista após sair do aeroporto; Kevin Nealon que o ajuda na patrulha do bairro; Dave Mathews, como um desses vilões de segunda que não passa de marionete... E por ai vai.

Como em Eu Os Declaro Marido... E Larry, existe a mensagem sobre deixar as diferenças e preconceitos de lado, para coexistir, mas deixando claro que a América é o lugar certo para recomeçar, apesar de previamente um discurso crítico um pouco ácido quanto à Bush filho e a guerra entre palestinos e israelenses, esta que dura mais de dois mil anos, menções sobre a Al Jazeera e Hezbollah também estão lá. O filme é bobo, mas entretém.
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